A crise mundial de saúde mudou a forma que o consumidor se relaciona com as empresas e os produtos que consome. E isso não é mais novidade. Mas será que diante deste cenário a sua instituição de ensino está preparada para entregar o que o candidato e aluno estão buscando?
Na 5° edição do CRMaker Summit tivemos uma palestra sobre Modelos de Negócio para Educação:
Como posicionar sua IES em meio a tantas mudanças de comportamento e consumo. Em que o CO-Founder e CEO da CRM Educacional, Daniel Antonucci, trouxe um panorama sobre este tema.
No artigo abaixo vamos listr os principais pontos falados durante a palestra. Continue a leitura para se preparar ainda mais para as mudanças que estão ocorrendo e fazer entregas melhores para o seu lead.
Qual o cenário do mercado educacional?
A expectativa para 2020 era que teríamos um ano promissor, mas com a chegada da pandemia e do isolamento social a realidade foi bem diferente. Os grandes desafios do ano, segundo o próprio Daniel Antonucci foram:
A diminuição da captação, o aumento da evasão, o aumento da Inadimplência, o adiamento do ENEM e a queda de quase 30% no ingresso de novos alunos.
Em 2021, apesar da esperança da diminuição dos casos de infecção pelo coronavírus, logo percebemos que não estávamos perto de acabar a crise de saúde e econômica. Pelo contrário, a segunda grande onda de casos teve um impacto ainda de maior para a saúde e economia dos brasileiros.
Diante disso, o mercado educacional precisa trabalhar com as novas previsões, que segundo a pesquisa “Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021”, são elas.
38% dos alunos vão adiar o ingresso para 2021/2, 13% vão adiar para 2022 e 46% que pretendem ingressar em 2021, preferem o EAD x 33% que preferem o presencial.
Apesar do cenário negativo, o ensino superior no Brasil tem muito espaço para crescer, para captar novos alunos, uma dica importante é se atentar às novas tecnologias que estão surgindo, pois através delas novos modelos de negócios vão surgir.
Quais são as tecnologias que estão em alta?
Se você é da área de TI ou se conhece um pouco sobre o assunto, nenhuma das tecnologias citadas aqui serão uma surpresa. De acordo com a pesquisa realizada pelo World Economic Forum sobre o futuro do trabalho, foram citadas tecnologias que provavelmente serão adotadas até o final de 2025.
No total são 16 tecnologias e as três que terão maior adesão, ou seja, que certamente serão mais usadas até lá são Cloud Computing, Big Data Analytics e Internet of Things and connected devices.
É possível encontrar muita informação sobre essas novas ferramentas na mídia. Mas aqui falaremos como elas estão influenciando o mercado educacional e quais novos modelos de negócio para educação surgiram com a crescente utilização das mesmas.
Quais são os modelos de negócios educacionais e como estão sendo usados?
Com a maior adesão às tecnologias, a jornada do aluno também foi transformada. Por isso a experiência do aluno com a sua IE desde o primeiro contato como o lead deve ser ainda mais ágil e dinâmica.
É fundamental pensar também em como aplicar após a matrícula, pois a permanência deste aluno só será possível se a experiência dele for positiva.
Pensando nisso, listamos alguns dos Modelos de negócio para educação que o Daniel Antonucci citou em sua palestra:
Mensalidade por curso (recorrência)
Esse é o modelo de negócio para educação, que é o da mensalidade por curso. Hoje em dia, vem sendo bastante explorado por outros ramos de negócio. A Netflix e o Spotify são marcas que pensamos sempre que falamos sobre esse modelo de mensalidade, na economia da recorrência.
A educação, no entanto, sempre teve esse modelo ativo, ou seja, enquanto o aluno pagar uma mensalidade, poderá frequentar as aulas. O que difere as IE em relação às empresas inovadoras do mercado, geralmente são as métricas usadas para entender a saúde do negócio.
Não entraremos em detalhes sobre as métricas, pois isso é um assunto tão amplo que precisaremos de outro momento para isso. Mas, citando aqui alguns exemplos importantes são: Ticket Médio, CAC (Custo de Aquisição do Cliente), LTV (Lifetime Value), MRR (Monthly Recurring Revenue), Churn Rate e NPS (Net Promoter Score).
Mensalidade por portifólio (recorrência)
Um dos modelos para inovação, ainda utilizando a economia da recorrência, seria a mensalidade por portifólio.
Nesse modelo o aluno não paga por curso, mas sim pelo acesso a um catálogo. Ainda é um modelo pouco usado e ainda não indicado para a educação formal, visto que não é um modelo aprovado pelo MEC. Sendo muito usado para a capacitação profissional, seja ela patrocinada pela empresa ou até mesmo pelo próprio aluno.
Modelo de sucesso compartilhado
É um modelo que já está sendo bastante explorado em outros países, mas no Brasil ainda pouco desenvolvido. Neste modelo o aluno tem a garantia de que o investimento dele não será em vão. Pois ele somente começará a pagar a mensalidade para a instituição de ensino quando conseguir um emprego na área.
Se for bem estruturado, pode trazer para a instituição um crescimento considerável. Prova disso é a Trybe, escola de programação brasileira, que utilizando este modelo de um intake para outro subiram de 100 alunos para 600.
Modelo de escolas corporativas
Esse modelo também já existe há muitos anos, mas tem sido mais explorado hoje em dia. Neste modelo, a empresa determina o perfil e atribuições do profissional que precisa. E as instituições promovem o curso para formar profissionais capacitados para aquela empresa.
Todo o conteúdo do curso é planejado especificamente para a necessidade da empresa. Reduzindo também o tempo de capacitação em relação aos cursos genéricos que o mercado já possui.
Modelo de certificação por nanodegrees
É um modelo que tem ganhado muito espaço. Os alunos determinam os conteúdos a serem consumidos, ou seja, o aluno tem autonomia completa sobre o seu aprendizado, que ocorre por projetos.
A ideia aqui é explorar as demandas do mercado em pequenos degraus de aprendizagem. Os alunos desenvolvem os projetos e posteriormente revisados por especialistas da área, o que ajuda ainda mais o desenvolvimento das habilidades.
Você pode se aprofundar mais a respeito do tema, assistindo a palestra: Como posicionar sua IES em meio a tantas mudanças de comportamento e consumo.
Aqui na CRM Educacional estamos sempre atentos ao que está surgindo e as diferentes formas de aplicação das tecnologias no dia a dia das instituições. Afinal, o sucesso do nosso cliente é a diretriz principal do nosso negócio.