A gestão da permanência é um tema abordados principalmente pelos gestores de uma IES, entenda melhor sobre.
O que é gestão da permanência?
As instituições de ensino veem enfrentando um grande desafio de trabalhar contra a evasão de alunos. Já que ao longo de muitos anos a gestão educacional coloca muito mais esforço para captar novos alunos, se descuidando daqueles que já ingressaram e que estão vivenciando a jornada acadêmica.
Hoje as instituições precisam entender que não adianta mais que os esforços estejam voltados apenas para a qualidade do ensino. Os alunos estão buscando cada vez mais uma experiência incrível dentro da IE, então é fundamental desenvolver ações práticas que no mínimo atendam as expectativas dos alunos, mas além disso, possam surpreender quem já estuda. E é exatamente nesse contexto que surge a Gestão da Permanência.
Em resumo, podemos definir gestão da permanência como um trabalho voltado a experiência do aluno e em condições que permitam que ele sinta e faça parte do processo educacional como um todo.
Por que fazer gestão da permanência?
O processo de evasão de um aluno embora não seja desejado, é cada vez mais comum e, com a pandemia, se tornou ainda mais recorrente.
Quando um aluno evade, não é apenas a instituição que perde recursos, mas também a família e a sociedade. São inúmeras as causas da evasão de um aluno, seja na rede pública ou privada, como por exemplo:
- falta de recursos financeiros;
- motivos pessoais;
- falta de identificação com o curso escolhido;
- perda do emprego;
- falta de estrutura e assistência da instituição, entre outros.
Implementar a Gestão da Permanência na sua instituição de ensino, requer em primeiro lugar, o envolvimento da alta gestão, para que todos entendam e trabalhem dentro do mesmo objetivo estratégico para a redução da evasão dos alunos.
A gestão da permanência proporciona um panorama completo dos indicadores positivos e negativos da sua IE, ajudando a prever os possíveis problemas e a solucioná-los.
Desta forma, a sua equipe conseguirá identificar com mais facilidade quais são as causas da evasão, o que possibilita investir em ações direcionadas para melhorias. Se os alunos deixam a instituição devido à dificuldade financeira, por exemplo, é possível pensar em descontos, financiamentos que sejam positivos tanto para os alunos quanto para a instituição.
Ajuda também no acompanhamento dos alunos, promovendo um espaço aberto para feedbacks. Assim, é possível otimizar a jornada do aluno e torná-la uma experiência cada vez mais incrível e prazerosa para ele, o que estimula a sua permanência na IES.
Por isso é tão importante implantar uma gestão da permanência eficaz em sua instituição.
Mas como fazer uma boa gestão da permanência? O primeiro passo é conhecer os principais indicadores capazes de proporcionar um melhor acompanhamento do aluno.
Indicadores para fazer a gestão da permanência
O primeiro passo para uma implantação eficaz da gestão da permanência é identificar os indicadores de evasão atuais da sua instituição de ensino.
Ou seja, antes de desenvolver uma estratégia e criar ações é necessário mensurar os dados de evasão. Analise quantos dos alunos abandonam a sua instituição durante a cada semestre e anualmente.
Não se esqueça de considerar também a evasão natural, que são os alunos que concluíram o curso.
Abaixo, vamos falar mais sobre os principais indicadores. Vamos lá?
Inadimplência
Nos últimos anos, a taxa de alunos inadimplentes vem aumentando consideravelmente. A inadimplência é um indicador da saúde financeira da IES, mas também pode ser usado para entender a evasão dos alunos.
Quanto mais mensalidades atrasadas, maior é a chance de o aluno estar com dificuldades financeiras, o que consequentemente pode levá-lo a evadir.
Nesse caso a instituição deve estruturar novos processos que podem evitar o acúmulo da dívida, sugerir acordos, descontos, e, até mesmo, financiamentos a partir de programas que irão ajudar na permanência desses alunos.
Frequência
São muitos os motivos para um aluno ter um alto número de faltas. Mas sabemos que da mesma forma que a inadimplência pode levar a evasão, a baixa frequência pode interferir no desempenho do aluno, o que o desmotivaria a permanecer na instituição.
Por isso, quando esse indicador chama a atenção da sua equipe, é hora de pensar em novas estratégias, que realmente atendam o contexto (familiar, profissional e pessoal) daquele aluno.
Uma forma de saber mais sobre o perfil dos seus alunos, é desenvolvendo as personas da sua instituição. Assim, você saberá os tipos de alunos que possui, quais são as dores, necessidades que cada um possui e desta forma terá um direcionamento melhor para encontrar soluções.
Desempenho acadêmico
O baixo rendimento acadêmico é uma das situações que mais desmotivam o aluno a continuar os estudos. Tirar notas baixas de vem em quando é relativamente normal, mas é importante verificar quais e quantos alunos estão recorrentemente com as notas abaixo da média.
Assim, você consegue conversar com esses alunos e entender os motivos pelos quais o desempenho está caindo. A partir das respostas, você tem insumos para criar ações inteligentes para evitar a evasão, como uma comissão acadêmica responsável por amparar e auxiliar os alunos em seus processos.
Uma outra forma de reconhecer esse indicador, que contribui para a resolução de pequenos problemas e evitar que ele tenha um resultado desagradável, é criar um processo automatizado de comunicação entre a instituição e os alunos.
Uma régua de relacionamento automatizada, que avalia o indicador para enviar a mensagem certa para cada situação, agiliza um processo que, se feito manualmente, torna-se inviável para a equipe de permanência de alunos de uma instituição de ensino.
A régua tem a função de aproximar a equipe de retenção do aluno, além de mostrar que a instituição se preocupa com ele.
Comportamento estudantil
Alunos desmotivados ou pouco interessados nas aulas podem estar mais predispostos a evadirem. Nesse caso podemos falar de vários fatores que contribuem pra isso, como alunos que não estejam se adaptando às metodologias da instituição, não entendem a importância de determinados conteúdos na sua formação ou simplesmente não se conectem aos valores da IES.
Por isso, é importante identificar esses alunos e compreender as razões dos seus comportamentos através de um bom relacionamento da IE com os alunos. Os professores têm um papel fundamental nesse processo, ajudando a identificar esses comportamentos, mas também em propor novas soluções como elaborar planos de aula com metodologias mais eficazes.
Satisfação do aluno
Para entender os índices de satisfação dos alunos de uma instituição, é necessário identificar alguns fatores como a qualidade do ensino, a estrutura da IES, o corpo docente, o atendimento, o relacionamento etc. Por isso, é importante ter um relacionamento próximo com os alunos e permitir que eles expressem suas opiniões.
Para isso, a IES pode criar ferramentas como uma pesquisa NPS que possibilita que esses alunos tenham um espaço para dar feedbacks positivos e negativos. Desse modo, além de um panorama completo da instituição, seria possível criar ações que melhorassem os problemas antes que os índices de evasão aumentassem.
Apesar disso, existem ferramentas que permitem não só identificar essas causas, mas também as prever e ajudar a combatê-las. Uma dessas é o Guideme, é o software de relacionamento definitivo para te apoiar na permanência de seus alunos.
Ferramentas que auxiliam gestão da permanência
O Guideme te ajuda a definir toda a jornada de relacionamento com seus alunos, desde que ele inicia o curso até a formação, criando um sentimento de pertencimento e engajando os alunos para que não evadam. Ou seja, te ajuda a identificar determinados alunos que estejam propensos a saírem da sua instituição de ensino.
Com essas informações em mãos, você consegue trabalhar estrategicamente de forma preventiva, para que o aluno não queira sair da sua instituição. Fazendo com que o aluno esteja tão satisfeito com a instituição que ele queira continuar estudando com você.
Evasão estudantil no Brasil
A evasão de alunos no ensino superior tem aumentando muito nos últimos anos, principalmente devido à pandemia do coronavírus. Segundo um estudo divulgado pelo Semesp, instituto que representa as mantenedoras do ensino superior no Brasil, os anos de 2020 e 2021 marcaram os maiores índices de evasão de alunos do ensino superior privado no Brasil.
Em 2021, cerca de 3,42 milhões de estudantes abandonaram as universidades privadas, representando uma taxa de abandono de 36,6%. Esse número só ficou atrás do registrado em 2020, quando o índice chegou a 37,2% de abandono, o equivalente a 3,78 milhões de alunos.
Segundo uma pesquisa do C6 Bank/Datafolha, divulgada em 2021, 4 milhões de pessoas com idades entre 6 e 34 anos deixaram de estudar no ano anterior. Entre eles, 16,3% dos alunos do ensino superior deixaram de estudar, 10,8% no ensino médio e 4,6% no ensino fundamental.
Entre as classes mais baixas, a desistência foi 54% maior entre os alunos das classes D e E se comparados com os alunos das classes A e B, mostrando o impacto das dificuldades financeiras.
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