O artigo de hoje será sobre Educação à Distância (EAD). Sabemos que este é um tema muito popular nos meios de comunicação especializados, e a educação sempre será um tema importante. Caso você pense “poxa, mais um artigo sobre EAD…” calma… dá pra entender!
Com o compromisso de oferecer um conteúdo realmente relevante – e interessante – o foco deste Panorama do Mercado Educacional vai evitar números recorrentes em detalhes. Como números de matriculados e sua evolução, vai mostrar mais o ritmo de crescimento comparado com o presencial e, em seguida, propor algumas análises que levem ao questionamento e construção de novas visões. Por exemplo: Você sabe em quantas cidades do Brasil existem polos EAD? O EAD cresce mais nas capitais ou no interior dos estados? E quais os cursos mais procurados? Quem são e quantos alunos possuem os principais players?
Metodologicamente é importante ressaltar que este deve ser o primeiro artigo a ser atualizado com o CENSO da educação superior de 2018. Estamos utilizando para análise dados do CENSO 2017 e informações do site do E-MEC 2018.
Sabemos que, principalmente por conta do decreto 9.057/2017. Que permitiu efetivamente o aumento do número de polos em todos o país, o cenário vai se alterar – e muito. Então hoje, a estimativa é que existam aproximadamente 16.000 polos EAD no Brasil, sendo 13.300 pertencentes a instituições privadas de ensino.
Hoje são 1.591.000 alunos matriculados em EAD de IES privadas, contra 4.663.000 presencial no país. O ensino a distância representa 25% dos alunos nessas IE’s e em 2010 representava 16%.
Falando em tendências ou previsões futurísticas baseadas em matemática. A participação dos alunos EAD tende a mudar/aumentar já no próximo intake, pois confere a proporção de ingressantes, conforme o gráfico abaixo.
Nesse ritmo, em 2020, 50% dos ingressantes no ensino superior privado serão na modalidade EAD.
São vários pontos a serem considerados para avaliar esse vertiginoso crescimento da EAD, muitos discutidos diariamente em sua IE. Como preço, acesso, facilidade, individualidade, flexibilidade entre outros. Então agora, é importante destacar um em específico: a distribuição do EAD pelo país.
Considerando o número de cidades que possuem um polo EAD privado no Brasil hoje são um pouco mais de 1.400 cidade. Mas em contrapartida, 760 possuem uma unidade de ensino presencial.
Assim, conclui-se que o ensino à distância está presente em quase 50% a mais de cidades que a modalidade presencial. O Brasil tem 5.570 municípios, 25% possuem um polo EAD e 13,6% uma unidade presencial.
Inspirados nessa lógica de distribuição do EAD no país, fizemos uma comparação entre o crescimento e número de alunos nas 27 capitais x as 1.373 do interior. Descrevendo assim os resultados, temos 1.088.000 alunos nas cidades do interior e 502.507 nas 27 capitais do Brasil.
O ritmo de crescimento nos últimos 5 anos é de 11% e 14% respectivamente. 68% dos alunos que cursam EAD estão no interior e 51% dos alunos presenciais. Claro que temos diversas questões metodológicas nessa simples divisão, mas você já tinha considerado esses dados antes? Não são bons indícios de que o crescimento e disseminação do EAD no BRASIL transcende as obviedades de valor, flexibilidade ou preferência geracional?
Reforçando as singularidades das duas modalidades de ensino no brasil – Presencial x EAD – , está a representatividade de cada tipo de formação. Partindo do presencial, 84% dos alunos se formarão no Bacharelado, enquanto 8% no tecnólogos e 8% nas licenciaturas. No ensino a distância, os números são muito diferentes. 32% estão no tipo bacharelado, 28% no tecnólogo e 40% nas licenciatura.
Então segundo os números do Censo, 166 IE’s possuem alunos matriculados na modalidade a distância
A maior empresa EAD brasileira possuem 22,5% de share e se considerarmos as 5 maiores junta, ultrapassam os 70%. O mercado está extremamente concentrado pela estrutura e poder econômico destes grandes players.
Apesar de parecer impossível a competição, existe um leque de oportunidades para crescer no seu EAD. Dentre várias, podemos falar sobre a interiorização da atuação, através da regionalização da captação e micro influência. Quem conhece melhor a sua cidade? A cultura e as pessoas que moram aí? Então fica o questionamento!
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