A importância do ENEM na educação brasileira

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Lembro de quando o Exame Nacional do Ensino Médio era apenas um exame. Digo isso porque no seu início, o ENEM, como todos conhecemos. Mas chamamos hoje, era apenas (na verdade nunca foi só “apenas”) um exame para avaliar a qualidade do Ensino Médio que determinado aluno tinha cursado. O objetivo era saber se a escola que ele tinha frequentado tinha passado todos os conceitos, temas, matérias necessárias para um aluno do ensino médio. O objetivo principal era avaliar a escola, por meio do aluno, não o aluno. Isso foi lá em 98/99 – e de lá para os dias atuais muita coisa mudou.

Hoje o ENEM é um evento tão importante para o Brasil. A ponto de chegarem a cogitar a troca de data de início do horário de verão para não impactar em atrasos de alunos desavisados, que não ajustaram o seu relógio. Alias, os atrasos (e as reações dos atrasados) são memes esperados o ano todo. Todo ano acabamos vendo um “sem número” de pessoas que chegaram atrasados. E se desesperam por não conseguir entrar no prédio onde deveriam fazer a prova.

Retrospectiva

Mas o que leva esses jovens e adolescentes a estudar enlouquecidamente por um, dois ou até três anos para esta prova? Voltamos para 2010, o cenário era o seguinte. Para você conseguir uma vaga em uma universidade pública (que no Brasil é gratuita) o candidato a estas vagas precisava mapear todas as universidades que ofereciam o curso que ele desejava. Além disso, fazer a inscrição, se deslocar (muitas vezes para outras cidades) para fazer a prova de vestibular e esperar o resultado de todas elas. E muitas vezes a data do vestibular de uma faculdade coincidia com outra, e ele precisava escolher entre uma.

Além disso, como as provas eram feitas por cada uma das universidades, ele ainda tinha que se preocupar com a matéria de cada uma delas. E se preparar para cada uma delas. Quem passou por esta fase tenho certeza que vai lembrar da importância da Fuvest. Que era uma espécie de vestibular unificado de algumas universidades públicas de São Paulo). Por fim, se você não conseguisse uma vaga numa pública, então você precisava fazer o vestibular de uma privada ou esperar o próximo ano.

Pergunta que abre o parágrafo acima.

Hoje a grande maioria das universidades (públicas e privadas) aceitam a nota do ENEM como forma de ingresso. Aqui cabe uma nota: tenho muito orgulho da CRM Educacional ter contribuído para este movimento no mercado privado. Desde 2014 nós temos a aprovação automática pela nota do ENEM em nosso software. Mas incentivamos centenas de faculdades a aderirem a nota do ENEM como forma de ingresso nas faculdades, sem a necessidade do aluno fazer outra prova na faculdade.

Mas se você quiser saber como isso funciona, leia o nosso artigo sobre os 6 Benefícios que a sua IES pode ter com a nota do Enem. Voltando para o nosso tema, com o passar do tempo o ENEM foi tomando uma proporção cada vez maior. Então a cada ano mais universidades públicas passaram a aceita-lo como forma de ingresso, até que em 14/15 o ministério da educação lançou o SISU.

SISU e PROUNI

O SISU, é o local onde cada pessoa que fez a prova do ENEM pode tentar uma vaga em diversas universidades públicas. Por meio de uma única prova (o ENEM), o candidato consegue se inscrever no SISU, digitar suas notas do ENEM. Além disso, buscar uma universidade que tenha o curso desejado e a nota de corte menor que suas notas. Isso facilitou muito a vida destes candidatos, que não precisam mais fazer diversas inscrições e diversas provas para conseguir acessar o ensino superior público.

E se este candidato não consegue uma vaga na universidade pública (já que não existem vagas para todos os candidatos que gostariam de conseguir uma). É por meio do SISU e de sua nota do ENEM que ele consegue uma vaga para o PROUNI – Programa Universidade para Todos. O PROUNI é um programa onde o governo “aluga” vagas para alunos carentes em universidades privadas, por meio de renuncia fiscal. Assim, o candidato carente, baseado em alguns critérios, que não conseguiu uma vaga na universidade pública. Pode tentar uma bolsa PROUNI em uma instituição de ensino superior privada.

Além disso, se este candidato não se encaixar nos critérios do PROUNI. Desde dezembro de 2014 ele também precisa ter uma nota mínima de 450 no ENEM para conseguir um financiamento público, mais conhecido como FIES. Então antes desta data, o aluno só precisava comprovar a necessidade financeira do financiamento.

E o ENEM atravessou o atlântico. Desde 16/17, diversas universidades portuguesas aceitam o ENEM como forma de ingresso e a cada ano mais universidades deste pais tem aderido ao movimento. Isso tudo para facilitar e atrair alunos brasileiros.

O que aprender com isso

E por fim, houve um deslocamento importante do momento de captação de alunos no ensino superior privado. Antigamente, o momento principal da captação se dava entre outubro e dezembro. Pois os candidatos já tinham feito as provas das universidades públicas que pretendiam fazer, já sabiam o resultado. Mas quem não tivesse tido sucesso, já fazia a prova de uma faculdade privada e, se aprovado, a matricula. Mas, como o ENEM vem acontecendo sempre no início do mês de novembro e o resultado só é liberado em janeiro do ano seguinte. O SISU só abre as inscrições na segunda quinzena de janeiro. Logo, todos estes candidatos que antes faziam sua matricula na faculdade, tanto pública quanto privada, no final do ano anterior, agora só o fazem após o fechamento do SISU. Além disso deslocando grande parte das matrículas do ensino privado para o final de janeiro, fevereiro e até março.

Fazendo um resumo, veja então a importância e o impacto da prova do ENEM no cenário do ensino superior brasileiro:

1. Prova de avaliação do Ensino Médio

2. Forma de ingresso para diversas Universidades Públicas

3. Forma de ingresso para o PROUNI

4. Nota de corte para o FIES

5. Deslocamento do principal momento de matrícula do ensino superior privado

Mas se a sua faculdade ou universidade ainda não aceita o ENEM como uma das formas de ingresso, sugiro repensar esta estratégia rapidamente. Conheço diversas instituições privadas onde a matricula com forma de ingresso por ENEM já representa em torno de 40% dos alunos.

CEO e Co-Founder na CRM Educacional, empresa especializada em Captação, Permanência e Fidelização de Alunos, também atua como docente em cursos de MBA de Marketing e de Tecnologia da Informação e realiza palestras em diversas Faculdades e Universidades pelo Brasil. Possui formação em Inovação e Empreendedorismo em Stanford, MBA em Marketing pela ESPM e Mestrado em Gestão pelo Centro Paula Souza, onde desenvolveu pesquisa sobre Modelos de Maturidade de Gestão Acadêmica em Instituições de Ensino Superior, além de especialização em ferramentas de CRM como o Dynamics CRM da Microsoft. Atua também no Conselho de Administração de empresas de marketing e tecnologia.

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