A evasão escolar é um dos grandes desafios das instituições de ensino e tem um impacto direto sobre o desenvolvimento da educação no país. Para reduzir esse índice, é importante investir em estratégias de permanência dos alunos e contar com soluções tecnológicas que ajudem a melhorar a qualidade do ensino e o desempenho dos profissionais.
A evasão escolar acontece quando o aluno, geralmente por motivos externos, não se matricula no ano subsequente. Esse conceito é importante para compreender melhor o problema e diferenciá-lo do abandono escolar, que é quando o aluno deixa de frequentar as aulas durante o ano letivo.
A desistência dos estudos pode ser influenciada por inúmeras situações como causas sociais, econômicas e/ou psicológicas. No Brasil, a falta de estrutura familiar, o desinteresse, a necessidade de entrar para o mercado de trabalho e o bullying são alguns motivos que contribuem para o aumento dos índices de evasão.
Nas instituições privadas de ensino, as consequências desse indicador podem afetar profundamente a organização, por isso é importante que sejam criadas estratégias para manter a qualidade do ensino e evitar o agravamento do problema.
Evasão escolar no contexto da pandemia de coronavírus
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das 50 milhões de pessoas com idade entre 14 e 29 anos, 20% não tinham terminado alguma das etapas da educação básica, em sua maioria pretos e pardos.
O principal motivo para isso é a necessidade de trabalhar, seguido da falta de interesse nos estudos. Entre as mulheres, as causas mais citadas são gravidez e tarefas domésticas.
De acordo com o último Censo Escolar, no final de 2020 mais de 5 milhões de crianças e adolescentes, entre 6 e 17 anos, estavam fora da escola. Desses, mais de 40% se encontravam na faixa dos 6 aos 10 anos, grupo etário no qual o acesso à educação era praticamente universal antes da covid-19.
Entre 2016 e 2019 houve uma queda no índice de exclusão escolar, mas esse número voltou a crescer sobretudo entre os grupos etários de maior risco: entre 4 e 5 anos e de 15 a 17 anos.
Além disso, o Censo Escolar 2020 indica que crianças e adolescentes negros e indígenas, os que vivem em áreas rurais e aqueles cujas famílias possuem menor renda representam mais de 70% dos jovens que estão fora da escola.
As instituições de ensino de todas as etapas também foram amplamente impactadas pela pandemia e precisaram lidar com as mudanças nos métodos de ensino, o relacionamento com os alunos e seus familiares, mantendo a qualidade do ensino e aprendizado mesmo à distância.
De acordo com um relatório produzido pela consultoria de gestão escolar, as escolas particulares perderam cerca de um terço das matrículas em todo o país devido à pandemia. Ao todo, estima-se que 2,7 milhões de estudantes tenham deixado as escolas privadas, o que representa 34% dos alunos.
A estimativa é que mais de 800 mil estudantes, que deixaram as instituições particulares, tenham migrado para escolas públicas. O restante permanece sem perspectiva de estudo, sendo a maioria mais jovem.
Como a tecnologia contribui para reduzir a evasão escolar?
O primeiro passo para reduzir evasão escolar é identificar quais são os motivos que levam os alunos a não renovarem a matrícula e, a partir disso, criar estratégias de acordo com o contexto de cada instituição de ensino.
Para isso, é importante que o gestor escolar se reúna com os professores e demais membros da equipe pedagógica, buscando identificar se há algum estudante propenso a essa situação.
Com esse diagnóstico inicial é possível verificar se os casos de evasão estão relacionados à falta de engajamento das famílias, dificuldade de aprendizagem ou falta de interesse, por exemplo.
Com essas informações, a gestão escolar pode criar medidas e estratégias para promover a retenção dos alunos, acompanhando-os durante toda a sua jornada escolar e garantindo o apoio necessário para que não abandonem os estudos.
Esse processo é bastante complexo e envolve uma série de fatores externos à escola, como situação social, econômica e psicológica das famílias, mas investir na estrutura da instituição e no constante aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem é fundamental para a permanência dos alunos.
Nesse cenário, a tecnologia é essencial tanto para promover o engajamento dos estudantes com o conteúdo (por meio da gamificação, por exemplo) quanto para facilitar o dia a dia da gestão escolar.
Um fator importante para a permanência dos alunos é o horário escolar, que ajuda a controlar a utilização de ambientes coletivos, manter a escola organizada a partir do primeiro dia de aula e criar uma grade equilibrada, contribuindo na melhoria do aprendizado.
Ministrar todas as disciplinas de exatas no mesmo dia ou colocar muitas aulas seguidas da mesma matéria, por exemplo, pode prejudicar a concentração e a absorção do conteúdo pelos estudantes, o que pode ser um gatilho para evasão escolar.
Além disso, com uma grade bem elaborada, professores e gestores têm mais tempo para atuar em contato direto com os alunos e buscar formas de aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizado.
Com alunos mais motivados e produtivos, é possível investir na gestão de permanência por meio de ferramentas tecnológicas e um sistema automatizado que possibilita ao gestor se antecipar a possíveis evasões através de relatórios e modelos de predição.
Desta forma, a integração entre ferramentas tecnológicas eficientes contribui para a melhor gestão, possibilitando gerar horários escolares mais eficientes e ainda monitorar a permanência de alunos, reduzir a evasão escolar e contribuindo para um ensino de excelência.
O horário escolar é fundamental para redução dos índices de evasão nas instituições de ensino, para ser efetivo, é importante contar com a tecnologia de um software de gestão para elaborar um bom horário escolar.