Desde 2014, a procura por financiamentos estudantis por alunos e candidatos ao ingresso em instituições de ensino privadas têm aumentado exponencialmente. Mas a boa notícia é o surgimento do novo termo “financiamento estudantil privado”.
Por isso basta pensar que até 2017, segundo o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esse número praticamente duplicou.
Esses dados têm muito a ver com a crise econômica vigente no país desde este período. E consequente aumento da competitividade de mercado em praticamente todas as profissões. O que exige algum tipo de especialização por parte de quem procura ou quer melhorar de cargo.
Mas o que é financiamento estudantil privado?
É um meio mais acessível. Mas principalmente a nível burocrático, de ofertar descontos e bolsas para os alunos que precisam de auxílio financeiro para ingressar e realizar o curso desejado.
Além dos conhecidos FIES e Prouni, no mercado já existem instituições privadas especializadas em financiamentos estudantis não governamentais, como o Pra Valer, mas há uma nova tendência em ascensão neste meio, que são os financiamentos próprios, que são planejados e oferecidos de acordo com as regras e condições das próprias IE.
Houve uma mudança do perfil do aluno no Brasil nos últimos anos.
Quem está ingressando na sua IE privada há pelo menos dois anos não é mais a mesma geração de 5 anos atrás.
Estamos lidando com uma geração que já iniciou seus estudos perante um período de instabilidade financeira. E que tem aspirações de carreira e objetivos de vida muito diferentes das gerações anteriores.
Mas como exatamente isso impacta na sua IE?
Existe um novo esforço necessário, que é o de convencer esses alunos, que fazer um curso de longa duração trará o retorno do qual necessitam. E um dos parâmetros analisados, claro, é o valor do investimento.
O ingresso das classes C e D ao ensino superior está cada vez mais comum. Mas isso não muda o fato de que essas pessoas pensam bastante em onde estão colocando seu dinheiro. E mesmo que os estudos sejam um fator importante na vida dessas pessoas, elas ainda dividem prioridades.
Mas agora, pense nesse contexto de ruptura econômica em contraponto com a crescente competitividade de mercado e o aumento dos valores das mensalidades. A procura por descontos, financiamentos e bolsas é quase óbvia.
E o fato contrário é que cada vez menos as modalidades de financiamentos públicos suprem a demanda de contratos. Por isso os índices de inadimplência do Fies e os cortes de verbas para instituições de ensino público são comprovantes desse novo contexto.
Queda do Fies
A crise do setor educacional e a redução de bolsas ofertadas pelo FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) estimula o crescimento das ofertas de descontos. Além dos financiamentos próprios das instituições privadas. Que oferecem maior proximidade e negociação com os alunos e praticamente não exigem pré-requisitos.
Segundo dados do Semesp, as diversas modificações de regras e surgimento de restrições no FIES fez com que de 2014 para 2017. A porcentagem de estudantes com a mensalidade financiada pelo governo caísse de 21,3% para 5,7%.
Isso por que em 2015, o FIES passou por uma série de modificações nas regras de funcionamento, que envolvem restrições e diminuição de vagas.
Identificando oportunidades
As universidades estão identificando que os financiamentos públicos estão apresentando dificuldades nos últimos anos e mesmo assim continuam sendo necessários. Foi nesse contexto que começaram a surgir o financiamento estudantil privado.
Eles apresentam mais flexibilidade de contratação ou encerramento, menos burocracia para inscrição, concorrência menor para obtenção e menos pré requisitos. O que os torna então mais acessíveis para a negociação entre aluno e instituição de ensino privada.
Um bom exemplo de financiamento próprio é o PEP, oferecido pelo Grupo Pitágoras.
Por fim, sabemos que o processo de captação depende de muitos fatores, mas é muito guiado pelo fator financeiro.
Os alunos quando percebem maior facilidade em pagar pela graduação ou pós graduação, optam pelo melhor curso. O que ajuda, como plus, a diminuir as taxas de evasão na sua IE.
Interessante, não é mesmo? Pois saiba que essa é uma das principais estratégias que estão sendo utilizadas para diferenciar as IEs nesse novo contexto econômico.
Mas a CRM Educacional está aqui para ajudar você a entender o mercado educacional. E escolher as melhores práticas para estratégias de captação e manutenção da permanência dos alunos na sua instituição.
Deixe seu comentário ou se precisar, entre em contato com a gente!