Sobre o mercado educacional e suas nuances, o que podemos ter certeza é que está sempre em movimento. Assim como o conhecimento e as pessoas para as quais ele está direcionado.
Temos enfrentado mudanças de mercado velozes, capazes de extinguir profissões antigas e gerar muitas outras, que surgem de acordo com as demandas tecnológicas. O panorama com o qual nos deparamos é de incerteza: não sabemos o que estará em voga daqui a dez anos. Mas sabemos que o movimento de inovação está constante e cada vez mais rápido.
E não é de se esperar que, perante esta onda de procura por conhecimento e habilidades, afinal, ninguém quer ficar de fora do mercado. Então eles deve começar a surgir novos meios de aprendizado (já abordamos o assunto “lifelong learners” nos últimos posts, que têm muito a ver com as novas tendências de acessibilidade ao conhecimento).
Este movimento abriu caminhos para a flexibilização da oferta de cursos de pós graduação para empresas e órgãos de pesquisa. O que desde 2011 era restrito a IE.
O que pode ser ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade para as IE. Que em sua maioria ainda não estão enxergando esta mudança com bons olhos.
Segundo a Folha de São Paulo, a resolução da CNE (Conselho Nacional de Educação), claro, está enfrentando objeções por parte de representantes das IE de todo o Brasil, mas possui a defesa de especialistas que entendem o aumento da competitividade no mercado das especializações.
A preocupação por parte dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimento desses cursos no Brasil, no entanto, se deve à possível perda de qualidade das especializações.
Mas como enfrentar este cenário possível?
Primeiramente é necessário repensar em como a sua IE oferece estes cursos: eles estão alinhados com os conhecimentos demandados pelo mercado?
O contexto de procura por conhecimento já mudou. E a tendência com estas novas regras é que fique cada vez mais voltado ao que está sendo solicitado de forma direta pelas empresas aos candidatos (seus potenciais alunos). Afinal, a carência de especializações com conteúdo objetivo e atualizado pode acirrar esta competitividade a partir de agora.
Sendo assim, a proposta dessa flexibilização cumpre o que promete. Ela vai, de fato, aumentar a competitividade e fazer com que as instituições ofereçam cursos de pós graduação cada vez mais completos.
Outra resposta seria fazer parcerias com estes órgãos e co-criar estes cursos unindo a expertise educacional e a expertise de mercado. O que pode parecer uma solução empreendedora e justa para os alunos, empresas e IE.
Estas parcerias, além de oferecer cursos focados, poderiam também ser uma forma de entregar valor aos potenciais alunos em forma de descontos, por exemplo.
Portanto, abre-se um leque de possibilidades que se aplicam às IE como oportunidades.
E o que os números indicam?
Por uma análise superficial, os números relacionados à oferta de cursos lato sensu e stricto sensu dizem muito sobre essa flexibilização. O número de interessados procurando por especializações (atualizações de mercado/lato sensu) atualmente é muito superior à procura por cursos de mestrado e doutorado (strictu sensu).
Esta procura já é bem expressiva para justificar a geração de novos cursos de aprimoramento. Confira os dados abaixo:
No entanto, há muitos aspectos presentes nessa nova legislação que se mostram polêmicos. Como a não obrigatoriedade da apresentação do trabalho de conclusão de curso (TCC) para que o aluno se forme.
O questionamento final é como a sua IE está se preparando para enfrentar esta nova mudança mercadológica. É possível conhecer cada vez mais o mercado e aproveitar dados e mudanças de contexto para atrair alunos para a sua instituição. Acompanhe a CRM Educacional e tenha acesso a dados e reflexões sobre o mercado educacional!