Publicado em 13 maio 2019 e escrito por Augusto Guimaraes
Dentre um turbilhão que pode transformar a educação no país, o corte de verbas de funcionamento das instituições federais de ensino de nada menos do que 30%.
Este corte representa um enorme abismo no que diz respeito à acessibilidade ao estudo de diversas camadas da população e, de certa forma, um retrocesso. Mas há como se posicionar a favor da educação no Brasil mesmo quando se trata do setor privado de ensino superior.
A partir de agora, o foco dos processos de captação de alunos, poderá se tornar um pouco diferente – seguir por outro caminho e atingir novos públicos, novos pensamentos e novas condições.
Isso por que muitos alunos que não conseguirão concluir seus cursos em instituições públicas vão procurar por opções privadas para não deixar de estudar – e claro que isso vai demandar da sua IE modelos de inclusão que envolvem descontos e financiamentos.
Afinal, uma grande parte dos alunos matriculados nas universidades federais são parte da população mais carente e há uma reticência em investimentos de longo prazo no contexto econômico atual que atinge em específico, estas pessoas.
Os impactos sociais dessa decisão não impactam apenas o panorama do ensino superior, e sim toda a sociedade. A universidade não trabalha para a universidade, e sim para o conhecimento.
Como seria a vida sem o trabalho acadêmico? Como seria a produção de conhecimento no Brasil sem os avanços tecnológicos impulsionados pelas universidades federais? Estes são os questionamentos que têm incomodado estudiosos e responsáveis pela educação acessível no Brasil.
Como foi falado anteriormente, há uma previsão de que os alunos pertencentes a universidades públicas não possam concluir seus cursos na instituição onde estão matriculados e que o número de vagas a serem preenchidas pelo sistema Sisu sejam drasticamente reduzidas.
Muitos desses alunos vão procurar instituições privadas tomando um cuidado especial no que diz respeito ao investimento – aliás estamos em período de transição não apenas no mercado educacional, mas em toda a economia.
E o questionamento é: o que a sua IE pode oferecer para este aluno? Descontos, financiamentos e benefícios podem ser indispensáveis para a decisão de se matricular na sua IE e fazer com que o aluno permaneça na sua instituição até o momento de pegar o diploma de conclusão de curso.
As opções mais conhecidas de financiamentos são os governamentais, oferecidos pelo Ministério da Educação: Fies e ProUni.
Programa do Ministério da Educação que oferece bolsas de estudos integrais ou parciais (50%) para o ensino superior, para graduação e formação específica. Funciona por meio de processo seletivo regular e ocupação de bolsas remanescentes.
Esta modalidade exige que o candidato tenha renda familiar mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Para a bolsa parcial, até 3 salários mínimos e meio por cabeça.
Além disso, é necessário que o candidato tenha cursado o ensino médio na rede pública de educação ou, como bolsista em colégio privado, ser portador de deficiência ou professor da rede pública de ensino em exercício da profissão.
Também é um programa do ministério da educação, que tem como objetivo oferecer bolsas de financiamento em instituições privadas, que variam entre duas modalidades: juros zero e conforme a renda familiar do candidato.
A primeira modalidade se destina a estudantes que têm renda per capita mensal de até três salários mínimos. A segunda modalidade, um pouco mais flexível, abrange alunos com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos.
Em um período de transição econômica e política é possível que ocorram cortes em vários setores – e assim como ocorreram cortes na educação pública, podem acontecer também cortes nos financiamentos estudantis oferecidos pelo governo.
Mas há opções de financiamento estudantil como o Pra Valer e o Fundacred, os quais você pode acessar e procurar saber sobre os termos de parcerias com as IES.
Proteger a geração de conhecimento e a acessibilidade e difusão da educação não pode ser apenas uma responsabilidade exclusiva dos setores públicos, principalmente em períodos de recessão econômica e mudanças políticas.
São dos cenários mais adversos que o aprendizado nasce mais forte e se forma de acordo com novas bases e novos caminhos – e a defesa da educação como evolução social pode ser a nova tendência para a captação de novos alunos e a manutenção da permanência dos mesmos na sua IE.
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Sobre o autor:
Augusto Guimaraes Consultor especialista em tecnologia para gestão de relacionamentos na educação e faz parte da equipe de negócios na CRM Educacional. Tem o compromisso de transformar inscrições em matriculas e matrículas em diplomas. Formado em Gestão de Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi, possui 10 anos de experiência em CRM, sendo os últimos 6 anos dedicados em ajudar as instituições de ensino do Brasil com Captação, Retenção e Fidelização de alunos.