Posso afirmar, com quase 99% de certeza, que você tem acompanhado as mudanças no FIES, estou certo? Afinal, um dos principais motivos que impossibilitam um aluno de ingressar no Ensino Superior é justamente a questão financeira. O FIES, com estas novas regras, pode voltar a fazer parte da sua estratégia de captação de alunos. Além disso, o FIES impacta diretamente na retenção destes alunos. Você sabia que nos cursos presenciais de graduação, por exemplo,. A taxa de evasão de alunos com FIES no primeiro ano de curso é de 7,5%? Em comparação aos alunos sem o financiamento, essa taxa sobe para cerca de 25%, segundo dados da Sindata/Semesp (2015).
Mesmo assim eu gostaria de te mostrar alguns dados das mudanças do FIES. E como elas podem ajudar a atrair mais alunos para a sua instituição.
Foram criadas três modalidades de financiamento que ofertarão 225 mil vagas ainda este ano (veja o cronograma) e 300 mil novos contratos por ano a partir de 2018.
Segundo declaração do ministro da educação, Mendonça Filho. Serão criadas 100 mil vagas para o próximo ano com juros a 0% na modalidade FIES 1. E o estudante pagará uma parcela de no máximo 10% da sua renda mensal.
Isso mesmo?! Mas imagine o quanto isso pode favorecer novos candidatos que ainda não ingressaram?
CURSOS PRIORITÁRIOS DO FIES
O MEC ainda não definiu quais os cursos serão priorizados nas ofertas de vagas do FIES. Mas o governo deve enfatizar as áreas que possam gerar melhor renda e tenham maior demanda do mercado de trabalho.
Essa decisão irá ajudar os estudantes de baixa renda a financiar mais facilmente cursos nas áreas tecnologia e gestão por exemplo.
CANDIDATOS
Estarão habilitados a se candidatar às novas vagas os estudantes que possuam renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. E que tenham obtido ao menos 450 pontos na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de não ter zerado na prova de redação.
Se a sua instituição não utiliza o ENEM como forma de ingresso, aconselho a pesquisar um pouco mais sobre o assunto nesse post anterior. Ainda mais sabendo que 63% dos participantes do ENEM utilizam a prova para “participar do FIES”, segundo dados coletados no ENEM 2015.
PERFIL
O novo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), será dividido em três modalidades e entre eles estão os recursos exclusivos dos fundos constitucionais regionais. Que vai oferecer contratos diferenciados para estudantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Mas se sua instituição de ensino tem sede nessas regiões, essa é uma informação preciosíssima e poderá ser um bom atrativo na próxima campanha.
LIMITE DE MENSALIDADE
Segundo a nova regra não está previsto um valor máximo de mensalidade. Ao contrário do que acontecia anteriormente, que tinha um teto limite de R$ 5 mil mensal para o valor do curso.
A medida traz mais liberdade a instituição para trabalhar a captação e financiamento das parcelas.
PAGAMENTO
O empréstimo agora será pago assim que o estudante deixar a faculdade e tiver uma renda formal. O dinheiro será descontado diretamente do salário do ex-aluno, com no máximo 3% ao ano por meio do eSocial. Sistema já utilizado atualmente pelas empresas para pagar contribuições e prestar informações ao governo.
E os custos com o fundo garantidor irão aumentar para a auxiliar no combate a inadimplência, ATENÇÃO a isso!
COMO ASSIM?
Agora as universidades serão mais responsáveis por cuidar do não cumprimento do pagamento. E assim ajudar a evitar a inadimplência com um valor variável para o fundo garantidor. Hoje é destinado 6,5% das mensalidades e com a nova regra passará a ser entre 13% a 20%.
Um dado importante, que o diretor executivo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), Rodrigo Capelato. Comentou o porquê do aumento das taxas para o alargamento do financiamento para estudantes do ensino superior. “Na crise econômica, a capacidade do governo de aumentar as vagas é baixa, pois não há dinheiro. A mudança é uma forma criativa de aumentar o número de vagas”, disse.
A medida, mesmo acrescentando um custo adicional a instituição. E assim ajudará a expandir o número de vagas para estudantes do ensino superior sem comprometer a viabilidade financeira do programa que estava fragilizada desde as últimas mudanças em 2015. Que representou uma queda de 35% novos contratos em 2014 para 13% em 2016, como constatou a pesquisa anual da Semesp.
E você, já está preparado para as novas regras do FIES?